#Ela é tão magnífica. cry

[primeirarte]

A magnífica Sophie em ‘Oil Of Every Pearl’s Un-Insides’

Dos inúmeros nomes que compõem a cena da Música Eletrônica atual, poucos deles conseguem ser tão curiosos e excêntricos quanto a escocesa Sophie Xion, um dos nomes atuais mais badalados e uma das partes criadoras do  selo ‘PC Music’. 

Sophie passou ser vanguardista em uma das maiores transformações na cena pop atual, sendo requisitada por nomes como Madonna, Vince Staples, Let’s Eat Grandma. A artista também leva destaque devido a sua parceira de longa data Charli XCX no qual colaborou na produção de suas duas ultimas mixtapes ‘Number 1 Angel’ e ‘Pop 2′ ambas de 2017.

Com o hype criado em torno da jovem produtora, criou-se uma grande expectativa em torno de seu debut. Expectativa essa sanada com a chegada de ‘Oil Of Every Pearl’s Un-Inside’ (lê-se “I Love Every Persons Iniside”) seu debut após a mixtape ‘Product’ de 2015.

Abrindo o álbum temos a suave ‘It’s Ok To Cry’, faixa dotada de arranjos sutis e o canto suave quase sussurrado de Sophie; aonde ela se entrega a uma produção fina que se distancia do pop colorido e dançante de seu trabalho anterior. 

Batidas pesadas e vozes alteradas tomam conta de ‘Ponyboy' com a Kelela nos vocais de apoio, a faixa consegue quebrar a leveza da faixa anterior e mostrar o que teremos pela frente no album; 

A terceira faixa 'Faceshopping', assim como sua precedente, se entrega a arranjos semelhantes à eletrônica industrial, uma versão torta e robotica dos trabalhos de Zola Jesus em seus albuns.

‘Is It Cold In The Water?’ vem guiada por uma voz suave e uma fina base instrumental que quase dialoga com os trabalhos de Arca em disco seu auto-intitulado. Aqui Sophie revela sua habilidades na manipulacao vocal, recorrente nos trabalhos anteriores da artista, e explorado de uma ótima forma aqui. 

Vozes ecoadas e quebras ritmicas invadem a faixa ‘Infantuation’, e aqui se observa o quanto Sophie cresceu em sua produção em estúdio, dando passagem para ‘Not Okay’ e suas batidas “metalizadas” e um otimo jeito que Sophie mostra como domina a sua própria obra, brincando com de um jeito curioso com cada batida, voz ou sample presente no album, conseguibdo atrair o ouvinte pelo modo inesperado e inovador que cerca sua obra.

‘Pretending’ se concentra numa nuvem de experimentações que remete a mesma eletrônica obscura de artistas como Oneohtrix Point Never e Haxan Cloak. 

Penúltima faixa do álbum; a dancante ‘Immaterial’, faixa mais colorida e menos experimental do álbum, traz de volta o que era presente em sua mixtape de estreia, um pop-dançante capaz de fisgar o ouvinte já em sua primeira reprodução.

Sempre se testando à todo momento no album Sophie nos mostra a derradeira ‘Whole New World / Pretending World’, e uma verdadeira experiência sonora em meio arranjos tortos e pesados, garantindo um caótico fechamento ao álbum.

Entre quebras rítmicas e vozes robóticas Sophie faz de ‘Oil Of every Pearl’s Un-inside’ um disco curioso e magnífico! Provando que a produtora é o nome mais curioso e versátil da cena musical contemporânea e o seu debut prova exatamente isso, uma nova obra-prima do pop-eletrônico atual.